sexta-feira, 22 de outubro de 2010

FAMÍLIA!!!

Olá pessoal. Desculpem a minha ausência no blog, mas é que estou muito atarefado desde que postei pela última vez. Relatórios, projetos, provas, trabalhos, estudos e mais um monte de coisas me afastaram daqui. Bom, estou de volta e espero ser, de agora em diante, mais constante e presente.

Então, recebi um e-mail que questionava, mesmo que indiretamente, a opinião de um apresentador de TV sobre as eleições e a candidata que apóia porque ele, segundo o argumentador, “como pai e marido é sabido, que não é um bom exemplo, e para mim isto já basta para não tê-lo como modelo de formação de opinião.”

Bom, acredito que há dezenas de argumentos para questionar a autoridade de Pedro Bial como formador de opinião; entretanto, o fato dele não ser um bom pai e marido não me parece ser um deles. Antes de argumentar sobre isso quero deixar claro que respeito o fato de uma pessoa estabelecer padrões e nexos de entendimento da realidade pautados em qualquer instituição, ideologia, teoria, etc. Porém, também tenho o direito de discordar e expressar os motivos pelos quais dissinto de alguma postura, procedimento ou opinião; ainda mais quando, sem esperar ou requisitar, recebo algo na minha caixa de entrada que me impõe a leitura e, consequentemente, me intriga e aborrece.

Ainda faço mais uma consideração. As palavras seguintes não representam uma defesa do apresentador global; mas sim, a necessidade de compreendermos que a “coisa toda da família” deve ser ponderada no sentido de amenizar os malefícios que causa ao indivíduo.

Questionar a legitimidade de alguém poder expressar suas opiniões[1] porque esta pessoa não leva em consideração os cansados, repressores e injustos paradigmas familiares é uma coisa que já está me cansando profundamente. Já estamos bem grandinhos para saber que não é todo mundo que tem condições de ser um pai, uma mãe ou um filho que encarne intensamente as amarras e os padrões de conduta tradicionalmente cobrados pela família. Para mim, família é importante e acho que esta instituição tem coisas boas e interessantes; mas sou eu que atribuo a esta instituição tal qualidade.

Entretanto, sou suficientemente capaz de compreender que para algumas pessoas esta tarefa não é fácil, necessária ou atraente. Pois, apesar de ter em alta conta minha família, em dados momentos, sofri com a repressão desta instituição; sofri com as cobranças morais que não acrescentaram nada na minha vida a não ser horror de mim mesmo, ojeriza daquilo que essencialmente sou, desejo, expresso e acredito. Acreditem, isso não é nada bom e faz grandes estragos em uma pessoa!

Penso que devemos ponderar efetivamente essa “coisa toda de família” no sentido de resguardar cada vez mais a pluralidade de indivíduos e de situações que a vida nos impõe; principalmente no que concerne as novas configurações familiares. E para além disso, devemos perceber que, nem sempre irmãos se amam, um pai ou mãe ama um filho (a), ou um filho ama o pai ou a mãe. Afinal, a vida tem dessas coisas.

Bom, não tenho mais o que falar. Acho que fui bem enfático e sintético. ARRAZOEM vocês então.

Felipe Fontana.



[1] A gente sabe que a coisas não pára aí. Uma pessoa que não é fiel ao discurso ou aos parâmetros de condutas da família tradicional sofre em diversos aspectos; ela não é censurada só no que concerne à sua fala. Por vezes, parece que carrega um desdém natural da sociedade e das pessoas. Observem como é vista uma mulher divorciada ou casada de maneira consensual, uma criança de pais divorciados, uma mulher grávida sem estar casado, uma mãe solteira, etc.

PARA OS AMIGOS!!!


Friendship is a love that never dies.


“Precisamos de pequenas ilhas de descanso e repouso do mundo. Os amigos são essas ilhas (pegue seu barquinho e venha sempre que precisar).”

Zuleika Bueno.


Minhas amizades conformaram e imprimiram em minha alma emoções que necessariamente estavam imersas em um sentimento: amor. De fato, algumas se desgastaram; mas garanto que não ao ponto de um descontentamento incondicional, fruto de um arrependimento profundo. Guardo ainda, mesmo como uma suave brisa, as delícias de um relacionamento passado que não tem mais o frescor, a força, o entusiasmo e o brilho que tinha. Dessa forma, reforço constantemente os laços atuais para consolidar uma forte relação futura. Por isso, recebo de bom grado as “pequenas ilhas de descanso e repouso do mundo” dadas por outrem que, assim como eu, necessita de uma conversa, um carinho, um abraços, uma risada ou um puxão de orelha. Queridos amigos, a qualquer momento pego meu barquinho e vou em direção a vocês; seja para chorar, reclamar, rir, beber, discutir, brigar ou enlouquecer. E, quando sentirem vontade, peguem seus barquinhos e venham até mim. Pelo meu tamanho vocês percebem, logo de cara, que minha ilha é enorme.

Abraços, Felipe.